
Para Lary, a paixão pela composição surgiu ainda na infância, na escola, quando fazia paródias para decorar matérias. “Depois disso, comecei a compor para minha carreira artística, já tem uns dez anos. As minhas primeiras composições profissionais foram justamente para o meu trabalho como cantora. Mais pra frente, começaram a me chamar para escrever para outros artistas e foi aí que percebi que compor era realmente uma paixão”, conta.
Sobre o significado do Dia do Compositor, Lary reforça o valor de sua profissão: “É um dia de celebrar uma profissão que mexe com o coração das pessoas, com a memória afetiva, com aquilo que arrepia quando a gente ouve uma música. É especial porque lembra a importância do que a gente faz e de valorizar esse trabalho que é, no fim das contas, a matéria-prima de toda a indústria musical”.
Entre os grandes nomes que já interpretaram suas canções estão Gloria Groove, Ivete Sangalo, Paula Fernandes, Dennis Dj, Anitta, Marina Sena, Ludmilla, Iza, Luísa Sonza e Menos é Mais. No álbum “Numanice 3”, de Ludmilla, Lary assina cinco faixas, enquanto no disco “AFRODHIT”, de Iza — indicado ao Grammy Latino —, assina seis músicas. Recentemente, ela também contribuiu com nove faixas para o novo álbum de Claudia Leitte, consolidando sua presença nas produções mais relevantes do país.
O processo criativo de Lary é fluido e diverso. “Meu processo muda bastante de uma música para outra. Tem vezes que eu escrevo sozinha, outras em parceria. Algumas começam por uma melodia, outras por um tema, uma frase ou até uma ideia solta. Gosto muito de compor letra junto com melodia, mas já aconteceu de escrever em cima de uma melodia pronta ou de alguém colocar melodia em cima de um texto meu. Não tenho uma fórmula fixa, cada música nasce de um jeito diferente”, explica.
E sobre lidar com a pressão de criar constantemente, ela encara o desafio com naturalidade. “Eu não encaro como pressão, vejo mais como um desafio. No fim das contas, a maioria das músicas fala sobre coisas parecidas: relacionamentos que dão certo, que dão errado, amores intensos, amores que esfriaram… O diferencial é a forma como a gente conta essas histórias. Eu tento sempre trazer um olhar novo, uma forma diferente de dizer o que todo mundo sente. Quanto mais próximo da realidade das pessoas, mais elas se identificam”, completa.
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