Samba da Volta celebra um ano de seu primeiro álbum com evento no Centro do Rio

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No próximo domingo, 25 de maio, o Samba da Volta comemora o primeiro aniversário de “Esse é o Samba da Volta”, álbum de estreia do grupo lançado de forma independente. O disco marcou a transição de uma roda de rua despretensiosa para um projeto autoral que vem conquistando espaço no cenário do samba contemporâneo. A faixa mais ouvida, “Maria, cadê Teresa”, já ultrapassou 90 mil reproduções nas plataformas de áudio e o clipe soma mais de 13 mil visualizações no YouTube.

Inspirado pelo legado do Fundo de Quintal e de outros nomes que despontaram na roda do Cacique de Ramos entre o fim dos anos 1970 e o início dos 80, o grupo convidou o produtor Vítor de Souza para assinar o trabalho. Músico de trajetória respeitada, Vítor já atuou com Jorge Aragão, Xande de Pilares e Marina Iris, e também ficou responsável por boa parte dos arranjos do álbum. “Antes de ser produtor, o Vítor é músico de roda, tá na rua, vive esse som. Ele tem um repertório próximo ao nosso e compartilha das mesmas referências”, explica CH, voz e tamborim do Samba da Volta.

Mais do que reverência, o grupo busca renovação. “O pagode dos anos 80 foi um mapa. Eles usaram esse mapa, mas com personalidade, com identidade própria. Busquei, na sonoridade, unir o toque antigo com elementos modernos”, conta Vítor. CH complementa: “Toda obra carrega o tempo e o contexto em que foi feita. A gente tem referências do samba e de fora dele. E tem músicas que falam do agora, do que estamos vivendo".

A história começou em setembro de 2021, quando um grupo de músicos se reuniu informalmente na Rua do Ouvidor, no Centro do Rio, para fazer um som na porta do tradicional bar Toca do Baiacu. Com músicos de diferentes partes da cidade — e até um mineiro radicado por ali —, o que era para ser uma roda para menos de 20 amigos logo virou um evento disputado, ocupando por inteiro o trecho da rua fechado para pedestres.

O nome veio pouco depois: Samba da Volta, em homenagem ao reencontro com o samba e com o público após o período mais duro da pandemia. Em 2022, a roda ganhou um novo lar: o Espaço Luís Gama, na Rua da Constituição, também no Centro, onde acontece aos domingos, a cada três semanas. O repertório sempre valorizou clássicos do gênero, mas desde cedo o grupo passou a testar composições próprias — que, para a alegria dos músicos, caíram no gosto da plateia. Assim nasceu o primeiro álbum.

Agora, um ano depois, o grupo retorna ao Luís Gama para celebrar esse trabalho tão importante com uma edição especial da roda. O pagode começa às 15h e a entrada custa R$ 15, na porta.

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