Festival Isso É Samba faz história na sua primeira edição

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A primeira edição do Festival Isso É Samba aconteceu no último sábado, 12 de abril, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, e transformou o espaço em um verdadeiro reduto da música brasileira. Foram 10 horas de shows ininterruptos , com apresentações em dois palcos que se alternavam sem pausa , garantindo energia contínua do início ao fim. O evento reuniu mais de 8 mil pessoas e contou com a participação direta e indireta de mais de 500 profissionais envolvidos na produção, reforçando sua estrutura de grande porte e técnica de entrega impecável.

Um dos grandes destaques foi a dinâmica entre o palco principal e a roda 360º, montada no centro da arena. Graças a essa estrutura inovadora, o público não perdeu o ritmo do festival em nenhum momento: enquanto uma apresentação se encerrava, a próxima já começava no palco oposto, mantendo uma energia elevada e promovendo transições perfeitas entre os shows.

O line-up reuniu nomes consagrados e talentos da nova geração, como Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Fundo de Quintal, Leci Brandão, Marquinhos Sensação, Samba do Tatu, Pagode da 27, Façanha e Thiago Bispo. Todas as apresentações ocorreram pontualmente dentro dos horários previstos , com repertórios marcados por emoção, interação com o público e homenagens às raízes e à renovação do samba.

A proposta do festival foi entregue com excelência: o samba, patrimônio imaterial do Brasil , ganhou os holofotes de um dos maiores palcos no céu aberto da cidade. O propósito do Festival Isso É Samba é claro — celebrar a tradição, abrir espaço para os novos nomes e fortalecer a importância da música como elo cultural e social . E foi exatamente isso que se viu ao longo de toda a programação: gerações reunidas, diversidade no repertório e um público conectado pela emoção e pela batida do samba.

Além da celebração musical, o festival também abriu espaço para o fortalecimento do empreendedorismo negro , recebendo, dentro do evento, a Feira Preta — iniciativa da maior feira de cultura negra da América Latina. Com estandes instaladas no próprio Festival Isso É Samba, o público teve a oportunidade de conhecer e apoiar de perto marcas da Rede Preta de Empreendedores , como Santa Thereza Design, Afrope Chinelos, Xeidi Arte, Tempero Decor, Kali Studio, Casa Apolinária, Nega Antônia Costura Criativa, Carla Stella e Use Clichê. A presença da Feira reforçou o compromisso do festival com a diversidade, a inclusão e a valorização da economia criativa preta .

O festival foi amplamente elogiado pela organização e estrutura : a limpeza constante dos banheiros, o funcionamento eficiente das áreas de serviço, a atuação da equipe de apoio e a segurança desenvolvida para uma experiência confortável e fluida do início ao fim.

Um momento de grande comoção marcou a apresentação de Leci Brandão , que teve um pico de pressão em sua penúltima música. O artista foi atendido pela equipe médica local, encaminhada ao Hospital Samaritano e, conforme informado pelo empresário Osmar Costa , passou por uma bateria de exames antes de receber alta. “Ela passou por uma bateria de exames e está tudo ok. Teve alta após os resultados, no início da noite, e foi para casa. Teve um pico de pressão que acabou deixando-a tonta. E segue bem, graças a Deus. Vai seguir trabalhando normalmente, como os médicos autorizaram”, refere o empresário.

Além da emoção nos palcos, o clima nos bastidores também foi de celebração. O encontro entre gerações do samba, a conexão entre artistas e o reconhecimento pela grandiosidade do evento renderam depoimentos espontâneos que comprovam o impacto e a importância do festival — não só para o público, mas também para quem fez parte dele.

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