"Meu Axé | Cantigas de Terreiro": Enzo Belmonte lança álbum no Dia Nacional da Umbanda

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No dia em que celebramos o Dia Nacional da Umbanda, 15 de Novembro, o cantor e compositor Enzo Belmonte lança o audiovisual "Enzo Belmonte - Meu Axé| Cantigas de Terreiro". Gravado no Cacique de Ramos,  com a proteção da lendária Tamarineira, o projeto reúne a batucada do samba, as cantigas de terreiro de Umbanda e os toques para cada Orixá no Candomblé. Entre os convidados especiais, estão Tião Casemiro, considerado um dos maiores Ogãs do Brasil, Maria Menezes do Grupo Arruda, a flautista Ana Paula Cruz, Chacal do Sax, a cantora Cacá Nascimento e os cantores Alex Primo e Igor Benati.  Celynho Show, performance de Zé Pilintra, e Flaviana Gomez, atuando como uma pombagira, também participam, representando o povo de rua. 

Além de toda importância musical e espiritual, “Meu Axé | Cantigas de Terreiro” é acima de tudo, um grito contra todo o tipo de preconceito e intolerância às religiões de matriz africana.

Luizinho Croset, maestro de Enzo nos palcos, responsável pela direção musical e os arranjos, realizou todo um estudo para esse trabalho, respeitando cada toque, cada fundamento presente na religiosidade. Já os músicos são da Banda Santo Samba, crias do Morro do Pinto e Morro da Providência, que acompanham o artista desde o início da caminhada.

O repertório contém 17 faixas, 40 cantigas - ou pontos, como é popularmente dito - para cada orixá e suas falanges. Alguns são cantados e exaltados nas rodas de samba do país inteiro, mas que o público desconhece como sendo  expressões religiosas. 

Para gravar este projeto, o sambista escolheu o Cacique de Ramos, lugar abençoado pelos seres de luz e pelos próprios Orixás do samba. “Não poderia ser em um lugar diferente. Gravamos debaixo da Sagrada Tamarineira, que por sinal, antes de plantada naquele local, recebeu as bênçãos e o axé de Mãe Menininha do Gantois e de sua filha espiritual, Mãe Conceição - mãe biológica de Bira Presidente e Ubirany, fundadores do grupo Fundo de Quintal e dois dos grandes nomes do samba. E ainda tive a responsabilidade de criar e realizar esse trabalho num grande reduto de sambistas, compositores, intérpretes e musicistas. Sem esquecer da importância deste lugar para minha maior referência, professora e ídola: Beth Carvalho, que tive a honra de ser um aprendiz, amigo, e quis o destino que eu fosse o seu último afilhado musical.”, comenta o artista, que iniciou na Umbanda ainda criança, por influência dos tios e padrinhos, Marco Belmonte e Danielly Belmonte. Eles fazem parte da Tenda Ogum Megê da Mata Virgem (TEOM), terreiro com mais de 60 anos de existência que fica localizado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.

“Frequento todas as sessões e trabalhos. Sempre admirei os toques, cantos, fundamentos e energia. É uma religião, que tenho orgulho de fazer parte. Estamos sempre buscando caminhos abertos para a prosperidade e praticando a caridade com amor no coração. Foi isso que me fez apaixonar pela Umbanda, afinal me identifico com isso. Tenho muito respeito e gratidão a cada mãe, pai, irmão do TEOM, em especial, minha querida Ialorixá, Mãe Vera D’Oxum, que não poderia ficar de fora dessa gravação junto com outros irmãos de santo, que participaram do coro.”, diz Enzo. 

Este é o segundo álbum do artista misturando samba e religiosidade. Ano passado, em 2023, também na mesma data , o sambista deu o ‘pontapé’ inicial nesta exaltação, divulgando “Meu Axé - De Exu a Oxalá”, que, somando as redes sociais e aplicativos de música, reúne, atualmente, mais de 10 milhões de streams.

“Agradeço a Ogum por toda energia, axé e por permitir que a cada dia eu continue fazendo o que me fortalece, me renova, o que mais amo na vida: cantar. Meu mais profundo desejo é que “Meu Axé” chegue ao coração de cada um, sempre com o intuito de propagar o respeito, a união e o amor em forma de canto e saudação, combatendo toda forma de intolerância. É uma realização em homenagem à sabedoria dos Pretos-Velhos, a alegria dos Erês, a coragem de Ogum, a fé de Exu, e acima de tudo, ao amor e a luz dos Orixás que nos guiam. Ao samba, minha eterna gratidão por tudo! Esse é o “Meu Axé”! Salve a força do Samba!”, finaliza Enzo Belmonte. 

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