Aos 21 anos, a cantora e compositora Flor, que compõe desde os seis, compara as músicas do seu primeiro EP, "Prima", que chegou hoje nas plataformas, com a foto acima, trazendo luz e sombra. Com uma clareza cristalina em tudo o que está fazendo desde muito nova, a artista que foi alfabetizada no Brasil e nos Estados Unidos, onde mora há 11 anos, fala com destreza das músicas que compôs na sala de casa. “Acho que a capa representa a honestidade que eu estou entregando nesse disco. Cada faixa fala sobre um pedaço meu, uma experiência que vivi nesses 21 anos, que fizeram e fazem grande diferença na forma como eu percebo a vida. Esse disco é a primavera trazendo novos começos, novas experiências, novas oportunidades, e vem de um lugar que pode ser um pouco escuro em alguns momentos, em outros, mais animado”.
Através de influências que vão da bossa nova ao jazz, do pop ao funk, da MPB ao R&B, Flor deu vida a um processo orgânico de criação, natural. As sete faixas do álbum foram produzidas em um ano e meio entre insights e conversas com os parceiros e amigos que moram em LA mas, assim como ela, vêm da Índia, do Chile, do Paquistão, da Colômbia. “É um processo um pouco confuso, não tem uma fórmula, eu escuto a base, ou a gente cria a base na hora. Vou falando as minhas ideias, meus amigos falam sobre as ideias deles, tudo acontece dentro de casa, na sala de estar. Às vezes eu consigo cuspir a música numa porrada só, fazer um freestyle na hora, como em “Swing” e “Poolside". Outras vezes, demora dois meses para escrever um verso. Acontece. Cada música tem seu próprio jeito de ser, eu sempre dou o meu melhor pra tirar a ideia da cabeça e colocar no papel”.
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