“Eu estou muito ansiosa pra galera ouvir e assistir o que fizemos neste projeto. Conseguimos manter a nossa identidade visual e transmitir nossa alegria e nossa verdade. Acredito que será uma grande virada de chave na minha carreira. Neste trabalho, tivemos a oportunidade de ter um orçamento capaz de tirar do papel todas as nossas ideias. A evolução é nítida e estou muito feliz com o resultado”, vibra.
Gravado na Arena X do Morro, na Zona Leste de São Paulo, para um público de mais de 10 mil pessoas, o audiovisual conta com 19 faixas, sendo 8 inéditas e 11 blocos de pot-pourri. O projeto será dividido em 4 volumes que serão divulgados entre os meses de agosto e setembro.
“Eu sempre quis gravar um DVD em um lugar onde a população fosse curtir de verdade e entender a essência do projeto. A galera do X do Morro me apoiou muito, eles foram incríveis! No dia da gravação a entrada era 1kg de alimento não perecível e fiquei muito feliz que conseguimos arrecadar 8 toneladas para a comunidade. Mas isso não conseguiu amenizar o meu nervosismo. Fiquei tremendo mais do que o normal, porque senti uma responsabilidade muito grande por estar diante de tanta gente”, conta.
O Vol. 1 do ‘Da Rocinha Pro Mundo’ chega com 5 faixas e abre com “Lágrimas Vão e Vem”, a primeira canção de Gica a alcançar milhões de visualizações. Na ocasião, a faixa chegou a ser compartilhada pelo jogador Neymar Jr., ecoando ainda mais o nome da artista em todas as plataformas de música e redes sociais. “Eu sempre digo e vou continuar dizendo que essa canção mudou a minha vida. Foi com ela que consegui enxergar a música além de um hobby e que consegui ajudar minha família e quem eu amo”, emociona-se.
Dentre as inéditas, estão neste primeiro volume “Confessa” e “Você Não Sai de Mim”, escolhida como faixa-foco. Para escolher seu repertório Gica conta que, antes de gravar, sempre busca se enxergar na história da música. Ela acredita que dessa forma consegue mostrar sua identidade e seus sentimentos. No caso de “Você Não Sai de Mim”, o papo atual da letra foi o que mais chamou sua atenção. “Quem não tem aquela pessoa que não sai da gente? Sempre temos aquele fake nas nossas redes sociais”, diverte-se.
Completam a tracklist medleys de grupos e artistas como Imaginasamba, Soweto, Exaltasamba, Chrigor e Adryana e a Rapaziada. Todos esses nomes são referência para essa artista nascida e criada na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Nesta seleção estão músicas que foram as primeiras que Gica aprendeu a tocar no cavaco quando criança. “Eu sempre busquei exemplos para me aperfeiçoar e neste projeto eu senti a necessidade de homenagear meus grandes ídolos, artistas que sempre me identifiquei”.
Gica coleciona números impressionantes para uma artista em início de carreira e da cena independente. São mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, mais de 20 milhões de streams, uma agenda com uma média de 35 show ao mês, mais de 35 milhões de visualizações no YouTube e parcerias com grandes nomes da música como Gaab, Vitinho e outros que ainda não podem ser revelados.
Gica se apaixonou pelo pagode por influência do seu pai que era um grande admirador dos grupos Só Pra Contrariar e Exaltasamba. Estudiosa, aprendeu a tocar pandeiro aos 6 anos de idade. Aos 11 entrou nas aulas de cavaco, aos 12 aprendeu violão e, em seguida, percussão. Atualmente segue em constante desenvolvimento com as aulas de canto que iniciou há quase dois anos. Multi-instrumentista e compositora, Gica relutou um pouco contra a ideia de estar à frente do microfone. Considerada uma das grandes revelações do gênero, a artista cresceu com poucas referências femininas no segmento. Bebeu na fonte de Beth Carvalho, que ouvia quando pequena, nas rodas de samba que frequentava no Rio de Janeiro. Hoje, acompanha com atenção as oportunidades e os destaques das mulheres no pagode.
“Da Rocinha Pro Mundo” já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm e no YouTube.
A imagem é de @julianapeduttifotografia.
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