Fabiane Pereira recebe Liniker no Papo de Música

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Um violão, uma mala e R$ 150 foram a base do sonho da cantora, compositora e atriz Liniker para sair da cidade natal, Araraquara, no interior de São Paulo, aos 18 anos, e ir estudar teatro em Santo André. Um ano depois, ela já acumulava milhões de visualizações na internet dos vídeos de suas músicas com a banda Os Caramelows, que a acompanhou até 2020. Foi nesse primeiro momento de carreira musical, em 2015, que aconteceu o primeiro encontro (e entrevista) de Liniker com a jornalista e apresentadora Fabiane Pereira. Desta vez, o bate-papo exclusivo aconteceu como parte da quarta temporada do Papo de Música, que homenageia o maestro Letieres Leite. A conversa, que foi ao ar no domingo, 25, em toda a rede de rádios Novabrasil FM e, chegará ao YouTube, na terça-feira, 27, via canal Papo de Música (assista aqui), traz Liniker falando sobre as conquistas e os “dribles” com que se deparou em sua trajetória e que fizeram dela uma das mais relevantes  cantoras da música brasileira. 

No bate-papo com Fabi, Liniker destaca a importância do tempo, do amadurecimento e das referências de vida para que ela se sentisse cada vez mais empoderada de sua trajetória artística. “Os ritmos da minha família são 100% pagode e samba, R&B. Foi o que vi minha mãe e minha tia ouvindo no rádio, o que elas ouviam nos bailes”, conta. “Venho de um berço em que fui alimentada pela cultura negra e precisava me apropriar disso”, complementa.

Hoje, Liniker tem compreensão da artista múltipla que é, com uma carreira musical e também de atriz (inclusive, Manhãs de Setembro, série em que ela vive a protagonista, estreou a segunda temporada no último dia 23, no Prime Video). “Sabia que seria trabalhoso ser artista com o recorte social da minha vivência, do meu corpo, num país como o nosso. Mas tudo foi acontecendo no tempo que tinha que acontecer. O tempo foi generoso comigo para que eu reconhecesse as coisas grandes e importantes quando elas viessem”, ela analisa.

Com dois álbuns ao lado dos Caramelows, Remonta (2016) e Goela Abaixo (2019), e um disco-solo, Indigo Borboleta Azul,  (2021), que acaba de receber três indicações ao Grammy Latino, Liniker diz se sentir cada vez mais protagonista de sua carreira. E permanece sonhando: “Que eu consiga atravessar gerações com a minha voz. Chegar à África também é meu maior sonho, falando de amor para os nossos”.

A imagem é de Sérgio Rodrigues.

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