Rafa Laranja fala sobre as diferenças entre o samba e o pagode

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Falar de música faz o coração da cantora Rafa Laranja bater mais forte. Com 15 anos de carreira, ela foi fisgada pelo samba e pelo pagode e hoje vem ganhando seu espaço no mercado. Sempre estudiosa e dedicada, ela fala com muita propriedade desses dois gêneros musicais que fazem parte da sua vida. Curiosamente, uma das questões que sempre é abordada pelo público é a diferença entre os dois estilos. Com formação vocal popular e lírica, ela destaca alguns pontos sobre o tema.

Para Rafa, há três diferenças marcantes que são a linguagem, os beats e a abordagem das músicas.

1. Linguagem: É a principal diferença, tanto nas letras quanto na execução. O samba sempre foi muito forte na cultura brasileira e tem na sua essência a dor, a luta, o cotidiano da periferia e do povo preto. Ele tem essa pegada política e social. Conseguimos identificar várias épocas através das letras e da estrutura da melodia. 

2. Abordagem: a partir da década de 90, o pagode entra no cenário com outro conteúdo, focado no romantismo. Temas como paixão, traição, dor, sofrimento são mais constantes. 

3. Beats: o pagode chega no mercado mais cadenciado e com outra sonoridade, incorporando instrumentos como: baixo, bateria, teclado, dando uma nova roupagem ao samba.

“Estamos em um Era onde tudo é muito rápido, o que pega primeiro é o refrão e depois o conteúdo da letra. Temos que prender o público logo no início da música, não dá para fazer uma introdução longa, como antigamente. Outra diferença sensível é o ritmado bem mais para frente e com os beats lá em cima. O pagode também tem trazido essa perspectiva. Porém, essas diferenças maravilhosas fazem do samba e do pagode o que são!

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