Completamente afetado pela pandemia do coronavírus, o mercado da música precisou se reinventar para sobreviver a esse momento de crise. Ao mesmo tempo em que os shows e festas foram paralisados, um gigantesco avanço ocorreu no universo fonográfico, que passou a oferecer uma verdadeira experiência para o grande público, com alcance para diversas plataformas.
Dentro desse contexto, gêneros musicais que não carregam uma pegada pop acabam precisando ocupar essas novas demandas do mercado: “Com o samba e o pagode travamos uma luta diária, pois o mercado digital tem uma base muito pop/teen. O público consumidor do samba ainda está na fase migratória do analógico para o digital e estamos trabalhamos para ocupar essas novas plataformas de consumo de música, fazer a melhor migração para a era dos streamings”, conta DJ Magrão, CEO e um dos fundadores da Waves Sound, maior selo independente de samba do Brasil.
De acordo com um estudo da PwC Brasil, o mercado mundial de entretenimento e mídia no Brasil deve crescer 4,7% até 2025. Isso acontece pela mudança de consumo durante a pandemia, forçando o mercado, principalmente da música, a cada vez mais surpreender o público, que fica mais em casa e consome muitas informações diariamente.
No cenário do samba e do pagode, uma música que antes fazia muito sucesso apenas por tocar nas rádios, passou a precisar de um clipe no Youtube para bombar. Hoje, após mais de um ano com os shows paralisados, o streaming veio para reaquecer esse mercado que já não lucrava com a venda de discos.
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